quinta-feira, 8 de novembro de 2007

"Her name is written in the stars" - The Australian

O seu nome está escrito nas estrelas e, acrescento eu, deveria estar escrito em todos nós! Mariza não é só uma grande cantora de fado, mas um ícone de Portugal como não se via há muito tempo, pessoa que ficará nos livros que retratam o tempo a tempo deste pequeno país. Dever-se-á falar dela sempre, pela voz, pela emoção, pela coragem, pela renovação, pela imagem, por levar mais além o nome de Portugal com humildade e carinho, mas hoje em especial é obrigatório a referência. No Pavilhão Atântico, à noite, dará com certeza, ao lado de Rui Veloso, Tito Paris, Filipe Mukenga, Ivan Lins e Carlos do Carmo, um concerto estarrecedor, que nos faz parecer pequenos e grandes ao mesmo tempo, como pessoas e pessoas portuguesas. E depois, é também hoje que se saberá se Mariza conseguirá esse invejável prémio da música: o grammy. O que quer que aconteça não lhe retira nem lhe acrescenta valor, a nomeação é apenas o óbvio reconhecimento de que o mundo se lhe está render. Em 2007 actuou, por exemplo, na Ópera de Sydney, em Sydney, na Austrália, no Carnegie Hall, em Nova Iorque, em Los Angeles, no Disney Concert Hall, e, em todos, Mariza encontra plateias cheias de energia e em delírio com a sua divinal voz. Nasceu em Moçambique, cresceu na Moraria e a sua infãncia, di-lo, foi passada com algumas dificuldades. Do primeiro álbum Fado em Mim saiu, por exemplo, Oh Gente da Minha Terra que impressionou milhares (em 2001). Em Outubro deste ano, 23 milhões de espectadores tiveram o privilégio de ver no pequeno ecrã essa obra-prima em Late Show With David Letterman, na CBS, nos EUA. Pela juventude a conquista é obviamente mais dificultada, faz-se de forma mais lenta, pelos preconceitos, pelo género pouco admirado no meio, mas ela é diferente: Mariza is the woman who has made Portuguese fado cool again!
Acabam por ficar aqui, só e apenas, os dados mais referenciais deste ainda inicial percurso de Mariza pelo mundo fora, mas muito fica por dizer (Live 8 por exemplo), e muito mais ainda por sentir. Para essa lacuna irremediável, fica aqui este vídeo...

1 comentário:

Anónimo disse...

E encheu o Atlantico!