sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Pablo Neruda, uma vida...


Uma vida que marcou, mais que o mundo literário, o mundo dos que acreditaram e continuam a acreditar que a justiça social é possível. Uma vida que começou a 12 de Julho de 1904 na cidade de Parral, no Chile. Depois da morte da sua mãe, a família muda-se para Temuco, onde José del Carmen Reyes Morales, seu pai, se volta a casar com Trinidad Candia Marverde, a quem, mais tarde, Neruda se refere em algumas das suas obras.
É nessa cidade que realiza os estudos e publica os primeiros versos no jornal regional. O valor dos seus poemas começa a ser reconhecido com diversos prémios e na Universidade do Chile quando para lá foi estudar pedagogia.
Depois de, em 1924, a Editorial Nascimento ter lançado os seus “Vinte poemas de amor e uma canção desesperada”, em 1936 surgem três breves livros (O habitante e sua esperança; Anéis (em colaboração com Tomás Lagos) e Tentativa do homem infinito) com o intuito de reformar formalmente a sua intenção de vanguarda.
A partir desse momento começou também uma vida de diplomata, ao ser nomeado cônsul em Rangum, na Birmânia. Os cargos sociais, as obras editadas e os prémios conquistados são imensos na vida de Pablo Neruda, mesmo assim, o ponto alto da sua carreira chega em 1971 quando recebe o Nobel da literatura, seis anos depois de lhe ter sido outorgado o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Oxford. Toda esta vida vivida maioritariamente em verso termina aos 69 anos devido a um cancro na próstata.
Hoje, essa vida pode ser recordada ao ler o livro “o carteiro de Pablo Neruda” ou a visionar o filme com o mesmo título, ou ainda a reflectir sobre os versos editados do autor, nomeadamente na obra publicada depois do óbito de Neruda “Confesso que vivi”.

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