domingo, 24 de junho de 2007

O ogre está de volta...

Foi com esperança que fui ver a terceira aventura, outrora criativa, do politicamente incorrecto ogre verde. E digo outrora criativa pois Shrek foi uma engenhosa e original saga de animação que conquistou crianças e adultos, arrecadando recordes de bilheteira e elogios da crítica cinéfila: divertido, inteligente, sagaz, prodigioso tecnicamente e acima de tudo hilariante. Por mim Shrek (imagem de marca da Dreamworks) era mesmo (e é) o melhor filme de animação de todos os tempos, pelo menos da recente animação invadida pelas avançadas técnicas informáticas. E com o sucesso do primeiro filme era inevitável a segunda aventura: Shrek 2. A continuação voltou a ser um sucesso absolutamente meritório, escapando-lhe apenas (e obviamente) a frescura e surpresa do episódio original. Agora chega-nos Shrek 3! A bilheteira até é boa mas não tão boa como era expectável, os elogios cinéfilos não apareceram e o termo decepção foi continuamente invocado para o caracterizar. Mas a verdade é que esta imagem denegrida também já tinha sido imposta a Homem-Aranha 3 e eu, como já referi na minha crítica anterior, não comunguei da corrente opinião. Então, “foi com esperança que fui ver a terceira aventura, outrora criativa, do politicamente incorreto ogre verde”. Se o outrora criativa poderá fazer adivinhar que de facto este Shrek 3 é uma estonteante desilusão, afirmo desde já que não o é. Perdeu bastante, é certo, mas não lhe podemos exigir o efeito novidade, esse é irrepetível com certeza. Tudo começa quando Shrek se vê confrontado com a possibilidade de ser tornar rei, após a morte do seu sogro, o Rei Harold. O cargo não lhe agradava e foi ao encontro de um tal de Arthur para o substituir na indesejável tarefa. A par disto, a sua “Shreka” (agora grávida) estava refugiada com as suas amigas (Rapunzel, Cinderela e afins) nos “subterrâneos” do Castelo, a fugir do ataque de um sindicato de malfeitores injustiçados e liderados pelo conhecido príncipe efeminado do segundo episódio. É esta a simpática história de 90 minutos de bom (apenas bom) entretenimento, o que, tendo em conta as anteriores incursões, sabe a pouco. A verdade é que o efeito da vulgarização de personagens infantis até é engraçado com uma ou duas, cansa quando todo o filme se resume a esta outrora criativa ideia. Não é mau, não foi uma desilusão (esperava pior cenário), mas as gargalhadas já são menos espontâneas e o encanto desvaneceu-se.
Classificação:

2 comentários:

Anónimo disse...

Recebi o teu comentário, não sei quem és...
Mas em relação ao filme, eu até fui ver ao cinema este último e gostei bastante! está muito bem conseguído em todos os aspectos!
Fica bem...

Anónimo disse...

Foi bonzinho...numa escala de 0 a 20 dou-lhe um 14. Acho que o início da história propriamente dita foi muito longo e o desenrolar desta demasiado rápido. Contudo, ainda pudemos constatar aqueles momentos de humor que arrancam uma gargalhada a qualquer um. :D